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Language:
Português brasileiro
Stats:
Published:
2020-05-30
Updated:
2020-05-30
Words:
7,606
Chapters:
3/50
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Once Upon a Time, Interconnected Destiny

Chapter 3: A vida em uma bolsa

Chapter Text

—Eu estava em uma guerra Madame Pomfrey.- Harry engoliu as poções rapidamente, se sentiu melhor, mas ainda estava muito dolorido. Pensou com ironia que é melhor estar com dor do que estar morto... agora... entretanto... ele preferia estar ao lado de seus amigos. Mesmo que fosse no além.- Vocês acharam mais alguma coisa comigo... talvez um pomo, ou uma bolsa, ou uma capa da invisibilidade, até mesmo um pergaminho antigo aparentemente em branco?

—O senhor não estava com nada, Sr Potter.- Dumbledore o falou e o menino o encarou tristemente.

— É estranho o ouvir dizendo Sr. Potter.- Murmurou para si o moreno.

Harry se deitou novamente na maca sem saber o que fazer ou dizer. Estava em um mundo diferente do seu, as pessoas que conhecia e prezava provavelmente estavam vivas. Mas, não eram as mesma. Se sentiu pela primeira vez desde que descobriu que era um bruxo, sozinho. Lágrimas começaram a se reunir em seus olhos, e percebeu que todos tinham morrido. E aqueles que não morreram... ele não veria novamente. Estava em um mundo desconhecido, em que ele tinha morrido com um ano de idade. Em um lugar onde Voldemort foi o ministro, em que Minerva não era professora de transfiguração. Pensou no que aconteceu com os Malfoys sem a interferência do Lord das Trevas. Quem deixou de se conhecer porque a guerra nunca aconteceu? Se lembrou de ouvir muitos membros da ordem dizendo como conheceram seus companheiros... muitos deles batalharam juntos. Quem será que nunca existiu nesse mundo, quem desse mundo existe que nunca existiu no seu? E seus pais? Harry tentou não imaginar nada, não queria se decepcionar. No entanto, por pior que pareça ele desejava mais ver Sirius, Ron e Hermione vivos do que seus próprios pais. Ele sempre quis conhecê-los , saber como eram, se ele teria tido algum irmão... Mas sempre foi apenas um sonho, a imaginação de uma criança. Agora, que esse sonho podia ser realidade ele temia.

O moreno chorou silenciosamente, seu coração doía, não podia pensar em mais nada. Existia apenas a dor, física e principalmente emocional. O que antes era um choro silencioso foi se transformando ao poucos em algo mais alto, um som quebrado, que clamava por algo. O choro desesperado repercutiu pela enfermaria quebrando o coração de todos do local, o moreno puxou suas pernas para perto do peito e as abraçou. Seu corpo começou a tremer e o medo contamina o seu ser, era uma angústia que não podia ser detida, um medo sem precedentes ... seus ouvidos começaram a doer por causa do estresse que o corpo passava tentou levantar as mão para tampar os ouvidos... porém, suas mãos não se moviam. Seu corpo estava paralisado, não tinha como se mover. O mundo que conhecia tinha desmoronado. Se sentiu cada vez mais sufocado, o corpo tremeu... se sentiu como se fosse morrer. As mãos formigaram e a náusea aumentou.

—--------

James Potter correu o mais rápido possível para a enfermaria. Seus filhos atrás tentando o acompanhar, a esposa ao seu lado. Todos queriam ver o menino o qual só tinham visto na infância ou por fotos. Até que em um certo momento ouviram um choro alto e todos pararam chocados. O choro era desesperado e triste, seu coração se apertou e desejou com todas as forças que não fosse seu filho que estivesse tão triste.

Will Potter entrou na enfermaria e viu Madame Pomfrey tentando acalmar alguém, ele não podia ver seu rosto, porém percebeu que as roupas as quais o garoto usava eram velhas, largas, rasgadas e sujas de sangue, O choro mexeu com o menino de 12 anos. Largou a mão de Siri e correu até quem imaginava ser seu irmão mais velho, soltou um suspiro ao ver como se parecia com o pai de ambos. Os cabelos eram pretos e revoltados, o porte fisico era o de um caçador no quadribol e os olhos...os olhos eram os mais surpreendentes , verdes como os da mãe. Não havia dúvidas, aquele adolescente era um Potter.

—Harry?- O menino entrou na frente da enfermeira e chamou o irmão.- Eu sou seu irmão mais novo, tenho 12 anos, estou no meu 2° ano e pertenço a Lufa-Lufa. Esse ano eu vou tentar a posição de goleiro reserva no time de quadribol.

—Sr.Potter!- Exclamou Pomfrey para o menino.- Estamos tentando acalmar o seu irmão, você não deveria estar aqui.

—Ele já parece mais calmo. E é aqui que eu devo estar, ao lado do irmão que pensei que nunca iria conhecer.- O menininho segurou a mão de Harry e continuou falando.- Temos mais outros irmãos, a Alice e o Sirius Remus. Você pode o chamar de Remi ou Siri. Sabia que o verdadeiro Sirius é seu padrinho e o meu também?

—Sirius?- Harry murmurou e parece sair do estado paralisado.- Sirius Black?

—Você o conhece?- o menino se lembrou que o herdeiro dos Potters vivia em outro mundo..

— Sim.- Harry pareceu ver Will pela primeira vez.- Ele é um ótimo padrinho, uma boa família.

Harry encarou o menino que segurava sua mão, ele era um pouco gordinho e com bochechas de bebê. O cabelo era preto e bagunçado e os olhos eram castanhos. Não havia como negar que eram castanhos. Não havia como negar que eram parentes, se tivesse sido tão bem alimentado quando jovem seria praticamente igual ao garoto.

—Mamãe não concorda tanto, Almofadinhas sempre me dá vários produtos da Zonkos.- Os olhos do menino brilharam de forma parecida com os gêmeos antes da guerra.- Lá é onde se compra as melhores brincadeiras.

Harry sorriu um pouco, Ginny, Fred e George adorariam o menino na sua frente... E Molly provavelmente o encheria de comida, já que parece que ele gosta de comer... Pensando bem Ron também gostaria dele.

—Almofadinhas?- Perguntou Harry levantando uma sobrancelha.- Acho que os marotos também existiram neste mundo. Como está o Aluado?

—Tio Aluado está viajando com a Tia Andromeda...

—Andromeda Tonks?- Harry se lembrou da mãe de Tonks.

—Tonks?- Perguntou Will.- Eu não conheço nenhuma Tonks, apenas Andromeda Black Lupin...

—Andromeda casou com Remus?- O filho mais velho dos Potters arregalou os olhos... E Ninfadora?

—Quem?- Perguntou o menininho novamente.

— Uma ótima pessoa que não existe nesse mundo.- Internamente, Harry fez as contas e percebeu que Andrômeda era 6 anos mais velha que Lupin ele possuía 36 e ela 42. Enquanto no seu mundo Lupin era 12 anos mais velho que Ninfadora .- Ela foi uma mulher muito corajosa, era uma Auror. E mesmo durante a guerra, que foi gerada por preconceitos, ela se casou com um lobisomem. Ela não possuía esses preconceitos idiotas, e o filho deles era meu afilhado...

Harry parou de falar ao se lembrar do pequeno Teddy Lupin, agora ele era um orfão como Harry. Sem pais e sem padrinhos. Percebeu que Will tinha feito uma pequena careta quando falou sobre lobisomens.

—Mas, lobiso...

Antes que pudesse continuar um grito feminino encheu a enfermaria, Alto e rápido. Uma garota de cabelos ruivos bem curtos e revoltados, com olhos castanhos e uma roupa que Harry apenas podia descrever como o estilo punk trouxa, correu até a maca.

—Você é igual ao papai!- Exclamou a menina olhando maravilhada para Harry.-Acho que você já conheceu o nosso pequeno Lufano. Qual era a sua casa? Não , espera, não fala! Eu prefiro descobrir quando você for selecionado pelo chapéu seletor. Ah, e eu sou da Grifinória. O Sirius, meu irmão gêmeo, também é da grifinória ele é um nerd. Estamos no 5° ano, você está no 7° não é?

— Estamos em que ano?- Perguntou Harry.

— 1997. Começo do ano letivo.

—1997? - Falou o moreno chocado, além de estar em outro mundo também tinha voltado no tempo, no seu mundo ele estava no final do ano letivo que começou em 1997 e estava terminando em 1998.- Sim, eu estou no 7° ano.

— Srta. Potter e Sr. Potter, o Sr. Potter tem que descansar.- A enfermeira pareceu um pouco confusa com o que falou, e Alice e Will riram.- Oh Merlin... Agora que percebi que vou ter que lidar com mais um Potter, espero que você não entre em tantos problemas Harry.

— Eu nunca entro em problemas.- Harry observou seus irmãos olharem para ele decepcionados, e sorriu marotamente. - Os problemas é que me encontram.

—Exatamente!!! É isso que eu sempre digo.- Disseram Will, Alice, Siri e James todos juntos.

Harry se assustou e olhou para onde vinham as outras vozes, lá estavam seus pais... muito parecidos com as fotos que harry tinha, ao lado deles estava um garoto com oculos retangulares, olhos verdes e cabelos ruivos lisos e nem um pouco revoltados. A forma como se portava o lembrava um pouco Percy Weasley. Não sabia o que fazer, parecia que a qualquer momento ele iria descobrir que estava sonhando. Eram tantos sentimentos juntos, a morte de seus amigos, pessoas que tinham morrido vivas, pessoas que não existem nesse mundo, pessoas que existem nesse mundo e não existiam no seu. Essa parecia com a vida que sempre quis... Entretanto, nunca nada dava certo para Harry. A mulher ruiva, sua mãe, chorava e segurava a mão de um homem muito parecido com ele, seu pai, ambos pareciam muito abalados.

—Mãe?Pai?- O menino disse baixo, como se imagina-se que iriam desaparecer, se levantou com dificuldade da maca e andou até eles. Alice o segurava para que não caísse no chão e Will andava do outro lado. Ambos os pais suspiraram ao olhar o estado do filho mais velho, ele parecia ter saído de um campo de batalha suas roupas eram largas e rasgadas. Estavam sujas de terra e sangue, muito sangue . Por seus anos como Auror, James Potter percebeu que uma grande parte do sangue não era do menino e sim de outras pessoas os respingos vinham de várias direções, alguns longe e outros muito perto. A camisa de Harry estava aberta, e ele estava coberto de cicatrizes novas e velhas. As novas não poderiam ter menos de algumas horas. James Potter nunca viu ninguém em um estado tão ruim, mesmo em lutas contra bruxos muito poderosos. Não sabia o que seu filho passou, ou o que fez. Mas, se fosse comprovado que esse sangue não era dele. Poderia ser uma passagem só de ida para Askaban. Auror Potter andou até o filho e o olhou de perto, seu bebê tinha crescido e ele não tinha visto isso. Percebeu que o adolescente usava uma aliança. Seu filho de 17 anos era casado?

—Você é casado?- E essa foi a primeira pergunta que James Potter fez para o filho depois de 16 anos, quis se bater por isso.

—Viuvo.- Harry pensou em Ginny. Tentou tirar a imagem de seu corpo morto da mente.- Ela se jogou na frente de um avada que deveria ter me acertado.

O olhar do garoto de 17 anos ficou distante. Todos ao redor pensaram em que tipo de mundo ele vivia, que mundo alguém de 17 anos já era viuvo? Que mundo, alguém tinha que entrar na frente de um avada?

—Como ela era querido?. -Lily Potter segurou a mão do filho. Lembranças boas deviam o ajudar.

—Maravilhosa. - Ele deu um pequeno sorriso. - Ela era a irmãzinha do meu melhor amigo, quando a pedi em casamento a mãe dela ficou muito feliz. Eu já era uma parte da família, na verdade no primeiro ano eu e Mione tínhamos praticamente sido adotados pela Molly. Quando pedi a mão de Ginny, jurava que os 6 irmãos mais velhos dela iam me matar. No entanto, Bill ofereceu que fizéssemos um casamento duplo. Eu e Ginny , ele e Fleur. Ron ficou muito vermelho, mas logo relevou. Acho que ele não pode ficar com raiva de mim, porque sou seu melhor amigo. Fred e George disseram pensaram que eu nunca ia fazer isso de tanto que demorei. Os outros já esperavam.

— 6 irmãos? - Exclamou Alice. - E eu achando que 2 já é muito... Agora 3 , na verdade.

 

—Ginny queria ser uma jogadora profissional de quadribol
—Ginny queria ser uma jogadora profissional de quadribol.- Harry deu um pequeno sorriso.- Ela era uma das melhores. As vezes conversavamos sobre o que fariamos depois da guerra, quando mais novo eu pensava em ser um Auror... Mas... Já lutamos tanto. Eu fui o jogador mais novo do século, e por ser o menino-que-sobreviveu Gina falava que eu devia parar de lutar...

O moreno se distanciou novamente. E sonhou com um mundo em que ele, Ginny e Teddy eram uma família. Pensou em como a vida era irônica, quando ele os tinha sonhava com os pais e com irmãos que ele poderia ou não ter tido. Agora que estava aqui, sonhava com o que já teve. Procurou nos bolsos a foto que sempre carregava, o bolso da camisa estava vazio , os da parte de trás da calça também. Já tinha desistido quando viu um pedaço de papel saindo do bolso da frente, o retirou e desdobrou. Lá estava uma foto que ele e Ginny tiraram um pouco depois do nascimento do Teddy, o menino já estava com o cabelo azul. Entregou para a sua mãe.

Lily Potter pegou a foto que seu filho entregou e suspirou, ele segurava um bebê de cabelos azuis do lado de uma mulher ruiva. Ela tinha uma aliança no dedo que combinava com a do seu filho, imaginou que se Sirius visse a foto diria algo como "Potters e ruivas." . Os olhos de ambos estavam muito cansados,entretanto eles sorriam ao brincar com o bebê.

—Essa é a minha esposa Ginerva Weasley Potter, e esse é o nosso afilhado. Ron, Hermione e eu tínhamos acabado de fugir da mansão Malfoy e nos refugiamos no Chalé das Conchas. Tonks e Ginny estavam lá, Gina escondida por ser minha mulher. E Tonks, por estar grávida. Era noite de lua cheia, o marido dela não podia estar por perto por ser um lobisomem. Ajudamos no parto e ela pediu para que fôssemos os padrinhos de Teddy. Prometemos cuidar dele se algo... Agora, ambos estão mortos. Ginny está morta. Ron está morto. Hermione está morta. Fred, Tonks, Remus, Sirius, Dumbledore, Luna, Neville, McGonagall, Snape... Quem vai cuidar do meu afilhado? O Malfoy? Ele é o primo dele, mas Malfoy... todos os Malfoys devem estar indo para Askaban. É assim que Sirius se sentiu quando vocês morreram e ele foi preso? Sem poder cuidar de mim, ele prometeu que cuidaria de mim se vocês se fossem.

Dumbledore, James, Lily e Pomfrey não sabiam com o que ficavam mais chocados. Sirius preso? Lily e James mortos? Uma guerra? Quão grande foi essa guerra? Dumbledore se lembrou dos dias em que Gallert ... Grindewald... Se lembrou da guerra. O menino na sua frente tinha passado por muita coisa, Albus se sentiu triste. Nenhuma pessoa devia sofrer tantas perdas. James estranhou a forma como seu filho falou o nome do Ranhoso, nenhum Potter devia gostar de Snape... Se sentiu mal por ter pensado primeiro sobre esse detalhe.

—Sr. Potter o que eu falei sobre ficar choramingando. - A voz de Severus Snape soou pela enfermaria, todos olharam para trás e ficaram chocados . Um elfo doméstico segurava com os braços um bebê de cabelos azuis e no ombro estava uma bolsa de contas.- Tire-me dessa bolsa estúpida, elfo idiota.

— Dobby é livre, Dobby faz o que quiser. E Dobby se arrepende de ter salvo o quadro de Severus Snape. - O Elfo disse para a voz. - Dobby fez o que a amiga de Harry Potter disse, seguiu Harry Potter para que ele ficasse protegido. Dobby pensou que nunca ia achar Harry Potter até que Doddy o viu andar pela floresta. Dobby também fez o que o professor de Harry Potter falou, que se ele e a esposa morressem ele entregaria o filho deles para ser criado por Harry Potter. E Dobby só vai tirar o quadro de Severus Snape da bolsa se Harry Potter pedir.

Harry olhou para o elfo que quase o matou várias vezes e sorriu um pouco, era bom ver um amigo. Arregalou os olhos ao ver Teddy, e a bolsa de contas de Hermione.

—Teddy? Dobby?- O menininho balbuciou algo ao ouvir o som da voz do padrinho. - Oh, Teddy.

Harry soltou a mão de Alice, que ainda o segurava e andou até o elfo. Não sabia como Dobby tinha o seguido, mas estava feliz por poder cuidar do seu afilhado. Ele não sofreria uma infância ruim como a de Harry.

—Eu prometo que você vai ter uma infância melhor do que a minha...

— Potter!- Exclamou a voz de Snape.- Mande esse elfo me tirar logo dessa bolsa.

—Accio quadro do diretor Snape.- O moreno segurou o quadro que saiu da pequena bolsa de contas.

— O elfo também salvou o quadro de Dumbledore. Ele estava procurando por você e viu a sala em chamas, salvou o quadro de Albus e ele disse para salvar o meu quadro também... Elfo estúpido.

—Severus, Dobby é um ótimo elfo. - Harry olhou seu antigo mentor, viu o espião que gastou sua vida pela ordem da fênix, o homem que mesmo que de um modo estranho cuidou dele desde seu primeiro dia em Hogwarts. - Obrigada. Obrigada, Severus... por tudo. Eu só preferia que você tivesse sido menos... bem... menos intrusivo nas aulas de oclumência.

Snape apenas o encarou .

— Severus se sacrificou muito...- A voz de Dumbledore veio da bolsa.

—Ah cale-se velho estúpido. - Snape franziu as sombrancelhas.

—Accio quadro do Diretor Dumbledore. - O quadro de Albus saiu da bolsa e ele apenas riu e pegou uma gota de limão. Harry se perguntou como o diretor convenceu o pintor a colocar o doce no quadro.

James Potter sentiu que poderia desmaiar, Snape? Seu filho teve aulas de oclumência com Snape? James suspirou e disse a si mesmo que era um outro mundo, não tinha como seu filho se dar bem com o Ranhoso desse mundo. Dumbledore encarou o próprio quadro , ele parecia tão velho. Seus olhos eram tão sofridos, como na época de Gallert. O filho mais velho dos Potter falava com seu outro eu como se fossem velhos amigos, o menino tinha pego o bebê no colo e colocado os quadros no chão. Não pode deixar de notar que quando chamou o quadro, chamou Snape de diretor.

—Sr. Potter eu vou colocar o quadro de seus diretores no meu escritório. Quando quiser conversar com eles pode ir lá. Acho que agora você e esse bebê devem conversar com a sua antigaova família.

—hm..Oi.- Harry tentou se levantar, mas se desequilibrou um pouco e decidiu sentar no chão.- Alv... Quero dizer, o diretor está certo.Mas, eu preciso descansar... digerir tudo que aconteceu, não acho que eu consiga agora ...É muita coisa, meu mundo está destruído, meus amigos mortos. Agora eu preciso chorar pelos meus mortos e depois eu vou lidar com os vivos.

Naquele momento, Lily Potter percebeu que seu filho tinha a mentalidade de um homem bem mais velho do que 17 anos. Seus alunos com essa idade eram irresponsáveis, suas maiores preocupações eram festas, namoradas ou namorados e as notas. Duvidou que seu filho choraria por ter perdido uma partida de quadribol ou por ter tido notas baixas, ele estava ...quebrado. Percebeu que seu marido ia falar alguma coisa, mas segurou sua mão. Porém, antes que a mulher fala-se alguma coisa seu filho do meio disse.

—Nós entendemos. É estranho para mim. Quero dizer, é estranho ver o meu irmão mais velho morto vivo. Para você deve ser pior, tenha seu tempo. E o bebê, acho melhor deixar a enfermeira o checar. Nunca se sabe... ele ficou com essa criatura por algum tempo. - Sirius Remus encarou o elfo , quando olhou novamente para Harry ele estava adormecido no chão com o bebê em cima dele.

—--- 3 HORAS DEPOIS----

Harry abriu os olhos com um pouco de dificuldade por causa da claridade, se levantou rapidamente e tentou descobrir onde estava. Analisou o local, era um quarto grande...muito grande. As paredes eram amarelas quase beges, as sancas douradas e as cortinas vermelhas. A cama uma Queen size com cobertas borgonha com branco, no canto oposto estavam duas poltronas de madeira com um tecido borgonha com dourado e entre elas uma porta . Percebeu que o quarto tinha no total três portas, nunca tinha estado em um lugar assim... é como ele imagina que seja os quartos na mansão Malfoy, obviamente com verde e prata no lugar do vermelho e dourado. Se lembrou que estava em um outro mundo, mas ainda não sabia exatamente onde,

—Harry Potter!- Exclamou Doddy que apareceu do nada.- Doddy estava esperando que arcodasse, existe algo muito estranho nesse mundo. Existe sim! Depois que Harry Potter ardomeceu Dobby saiu da enfermaria, Doddy ouviu que estamos em um diferente mundo e foi investigar. Esse mundo parece em paz, sem guerra, mas muito estranho!!! Dobby não viu nenhuma criatura magica além de corujas, gatos, sapos e cobras... e eles são apenas de estimação, além da fenix de Dumbledore Doddy não viu nenhum elfo, nenhuma Veela...Alguém está vindo, Dobby vai procurar outra criatura magica.

O moreno não pode falar nada, nenhuma criatura magica? Isso parecia impossivel, se lembrou do rosto que o irmão fez ao ouvir do lobisomem. Onde estavam as criaturas?

—Ele tem que descansar Sirius.- Falou a voz da sua mãe.

—Mas, Lily. Ele é o meu afilhado! Eu tenho que ver ele, e o menino está dormindo. Ele nem vai perceber que eu estive lá.

Sirius Black abriu a porta e o coração de Harry pareceu parar de bater por um momento. Se lembrou de seu padrinho caindo no véu, pensou nos poucos momentos que passou com o homem. Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto o encarava, o homem o olhava de volta. Percebeu como a falta da guerra favoreceu o homem, suas roupas eram como as do Lucius Malfoy apenas um pouco mais coloridas. O cabelo estava cuidado e um pouco mais longo do que se lembrava, ele parecia um puro sangue... algum aristocrata. Percebeu pela primeira vez que Sirius era o Lord Black, sem Askabam era assim que Almofadinhas iria parecer. O homem sorriu ao vê-lo, o sorriso chegava aos olhos. Algo que nunca aconteceu com seu Sirius, e Harry chorou. Chorou ao ver Sirius vivo, e chorou principalmente pelo Sirius que morreu e que desde que o melhor amigo foi preso nunca sorriu como o Sirius na sua frente.

—Sirius? Almofadinhas?- O adolescente caminhou até o padrinho e segurou o rosto dele. Tão parecido com Sirius, mas ao mesmo tempo tão diferente.

— Não vai perceber que esteve aqui? - Disse Lily.

—O que posso fazer? Minha presença é maravilhosa, não tinha como o meu afilhado não perceber. Merlin! Nunca pensei que falaria isso! - O homem olhou seu afilhado, o menino se parecia muito com James. Porém, aquele olhar... parecia com velhos veteranos de guerra que conheceu durante a carreira como Auror.- Você me lembra Moody.

— Vigilância constante, não é?- Sirius se surpreendeu ao ouvir seu afilhado dizer a frase favorita de seu antigo instrutor.

— Você conhece Moody?

—Um homem honrado, bom amigo, ótimo Auror e um bom lutador.- O menino ficou tenso ao falar isso.

— Parece uma boa frase para colocar no túmulo.- Sirius disse isso para dispensar a tensão da sala, mas pareceu apenas aumentar mais.

—Teria sido, se tivéssemos achado seu corpo. Ou pelo menos, mais do que o olho.- Suas mão se apertaram ao lembrar do olho tonto na porta da Umbridge.Sacudiu a cabeça para afastar os pensamentos. - Onde está o Teddy?

— Ah, ele é um menino maravilhosos. Remus e Andrômeda estão com ele, o menino pareceu adorar eles. Estão na sala de jantar junto do outros. - Lily disse para o filho.- Eu tenho certeza que as roupas do seu pai vão servir em você enquanto não compramos suas roupas, porque não toma um banho eu espero aqui e te levamos para a sala.

Harry assentiu e se virou, do lado da cama percebeu que estava a bolsa de contas de Hermione. Dobby devia ter deixado ali quando o visitou mais cedo.

—Não precisa se preocupar, minhas coisas estão naquela bolsa.Minha vida inteira.

— Naquela bolsinha? - Perguntou Sirius.

—Aquela "bolsinha" salvou minha vida várias vezes, onde estão minhas varinhas?- Perguntou fracamente, sua voz estava rouca.

— Na primeira gaveta da bancada. - Lily observou o filho abrir a gaveta e guardar uma das varinhas rapidamente nas roupas.

—Accio roupas.- Disse e em um instante todas as roupas saíram da pequena bolsa. Muitas eram femininas, até mesmo roupas de baixo. O menino ficou vermelho ao ver uma calcinha flutuando. - Droga Hermione, eu disse para deixar as roupas interiores em outro compartimento.

Harry pegou rapidamente qualquer blusa , uma calça e uma cueca. Abriu a porta para ir no banheiro, mas percebeu que este deveria ser o closet... ele tinha um closet? Se virou e abriu a outra porta. Entrou o mais rápido possível e percebeu que tinha deixados as roupas flutuando no outro comodo com sua mãe e Sirius. Suspirou, um bom banho o devia ajudar a pensar melhor.